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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

~ Do contra...

~  Do contra

Sempre há aquele momento em que você diz que está tudo bem
E não está
Que há uma lágrima por trás de um sorriso que deseja disfarçar.
Aquele dia que você não quer ir, mas vai.
Alguém que liga dizendo ‘Estou aqui’
E você não vê.

Há também aqueles dias em que alguém precisa do seu abraço
E você sequer a toca
Que alguém deseja ser ouvido,
No entanto, tudo o que ouve é uma sequência de ‘uhum’s’
Às vezes você quer, às vezes não...
As vezes eles querem, às vezes não...
E nunca acontece no mesmo tempo...

Isso é tão normal assim?

terça-feira, 6 de novembro de 2012

~ Este final de semana tive a honra de assistir à um lindíssimo espetáculo, segue como recomendação pra quem puder, vá!

CAMILLE E RODIN




ENTRE 22/06/2012 E 09/12/2012
A partir de 22 de junho, o Grande Auditório do Masp recebe a montagem Camille e Rodin. Com texto de Franz Keppler, direção deElias Andreato (em cartaz com Equus) e Melissa Vettore e Leopoldo Pacheco no elenco, o espetáculo conta a trágica história de amor, obsessão e loucura dos escultores Camille Claudel e Auguste Rodin.

Camille descobriu seu talento para as artes desde muito nova. Incentivada pelo escultor Boucher, mudou-se para Paris em 1881 e passou a trabalhar com o já famoso Auguste Rodin. Além de aluna, Camille tornou-se sua amante durante 15 anos. Após o dramático fim do relacionamento, ela passa a  enfrentar dificuldades financeiras e o preconceito da época, o que a faz se entregar à loucura.

INFORMAÇÕES

  • Datas: 22 de junho a 9 de dezembro de 2012.
  • Horários: Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h30.
  • Preços: R$ 20 (sexta); R$ 30 (sábado e domingo).

sábado, 20 de outubro de 2012

~ English


~ “It took him a long time to get over our parents’ death...And in England... you know, the beaches are all full of rocks…it’s so cold. Peter loved going to the beach. You probably noticed that he still loves it. Sometimes, I think he is still that nine-year-old boy…in love with the waves…Children should have families. They should always have caring parents present in their lives. If you don’t, no matter how many people you have around you…you always end up feeling a little bit…lonely.”

domingo, 14 de outubro de 2012

~ João e Maria

~ Recomendação para ouvir neste domingo a noite:




João e Maria

Chico Buarque

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

~ Refúgio

~ E depois de tanto tempo, volta a filha pródiga!!!


" E o tempo que ela pedia,
podia ser demais para os dois,
era relativo,
era real,

Lá estava ele,
o brilho no olhar,
e muitas coisas a fazer.

Lá estava eu,
com os olhos baixos,
muitas coisas pra resolver.

Bate aquele medo de perder,
bate o receio de ficar,
As lágrimas correm
tantos fatores externos,
e o que ficou em nós?
o que ficou pra nós?

De repente,
a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho

E uma oração fica como refúgio:
" Que minha solidão me sirva de companhia
que eu tenha a coragem de me enfretar
que eu saiba ficar com o nada e 
mesmo assim ,
me sentir como se estivesse pela de tudo"  "

~*. . *~ Angel ~*. .*~Alguém ou até mesmo ninguém (14.10.2012 - 22h34)



domingo, 28 de março de 2010

~ Entre cordas bambas e marionetes.





~Ela andava sobre uma corda bamba à uma altura que todo o mundo a veria. As luzes azuis, vermelhas, amarelas, eram diretas, e os suspirros e sussuros de "Nossa! Quase..." eram audíveis àquela altura.
Como era possível ficar durante tanto tempo em algo não fixo? Com sons de tambores sincronizados, luzes, pessoas e mais seres observando e , apenas observando?
Ela já olhou para o chão, e logo em seguida para o céu: Não. Nenhuma corda a seguraria...Ela engolio, o que? Não se sabe, pareciam vozes vazias, sufocadas que saiam por cada poro de sua pele. Ela tinha que continuar...
Sua roupa tinha brilho de diversas cores, mas o sorriso carimbado impedia qualquer conclusão de :" espetáculo", afinal, era uma menina andando sobre uma corda.
Apesar de tanta concentração e receio, ela disfarçava bem, parecia um anjo na corda, tão leve que nem o vento a movia, mantinha o sorriso, e sua postura não deixava dúvidas : Iria até o fim.
Escorregara?Sim...Inúmeras vezes. Caira? Até agora, não. Quando viu a gravidade agindo contra seu corpo, segurava-se à corda, olhava para o céu e via que tinha uma lua, estrelas que estavam seguras por um fio de nylon ( essa era sua idéia), porque não ela sustentar-se numa corda daquelas?
Até as pessoas era manipuladas com cordas, marionetes.E ela só estava andando sobre o cabo de força que une todos os fios, de todas as marionetes. Sim, ela era o cabo de força das marionetes, de todas.
Mas ela a nada estava presa, a nada estava segura. Olhava para o céu, e a certeza chegara, nenhuma corda a seguraria.
Arriscava-se, mais ninguém, nenhum mágico, palhaço, qualquer outra bailarina ou trapezista. Era ela e ela, ela e a corda bamba de suas emoções, ela...


Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 25/03/2010 - 01h47.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

~...

~ E ao olhar pra trás ela viu que nada era como antes. Tentou rir-se de seus acessos nostálgicos repentinos, mas o gosto amargo amarelou a tentativa. Percebeu que tudo em que apostava a eternidade desmanchava-se facilmente com o tempo, ou um obstáculo qualquer; a distância, uma discussão, uma mágoa.. O passado bateu de frente, e, com medo, ela olhou para o futuro e amedrontou-se mais ainda.
Quantas mudanças a esperavam, quantas travessuras do destino ainda teria de enfrentar? O que seria dela alguns míseros meses depois daquele dia? Quantas pessoas ainda iria ter? O vulnerável do ser humano pareceu mais claro diante dessas perguntas; tudo podia ser destruído, com um mero acidente; assim como uma brasa dá origem a um incêndio que toma tudo sem pedir licença. O reconhecer do presente tem um valor inexplicável às vezes, conforta. Agora eu estou bem, agora nada de mal acontece, agora estou longe de tudo.E o agora diz, que esperanças existem; quem sabe daqui a uns anos ela poderia se acostumar? Quem sabe pudesse encarar o passado de frente, sem refugiar-se em destinos infundados? Quem sabe seria fácil dizer que viveu o bastante, mesmo sem nunca ter sido o bastante?Covarde como era, optou pela fuga mais fácil: decidiu não pensar mais nisso; e afastou os pensamentos verdadeiros, trocou-os por alguns mais simples, menos dolorosos, menos dignos. E achou que se sentia em paz.

Era o suficiente.