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terça-feira, 29 de dezembro de 2009
~(Não) Vá entender...
Tudo abstrato.
Borrado.
Minha força não chegou em seu destino e me enfraqueceu.
É tempestade nos meus olhos.
Tá vazio, sabe?
Tá pequeno.
Tá querendo chorar.
Tá fraco.
Tá assim...
Tá com fé que é por enquanto.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 29/12/2009 - 21h35
~ "when angels deserve to die."

sábado, 5 de dezembro de 2009
~Criador , cria e atura II
~ ...Após desenrolar o fio do pescoço e pular pela janela para economizar tempo, Sophie chorava por Pierre ter aprendido a lição, os franceses não era mais os mesmos. Caiu no terraço, mas pousou quase delicadamente. Pegou um pedaço de vidro e guardou no bolso. Correu para a garagem, deu a partida na Renault, queimou borracha...
Seguiu para onde sabia que o encontraria...Faculdade, ele era apenas mais um preppie, nada mais...merecia o que ela iria fazer
Pierre ficou com uma baita interrogação na cabeça... Sophie morreu ou não? Até os narradores dessa história discutiram isso... Em todo caso, voltou à biblioteca, onde não havia pessoa alguma, falou algumas coisas e beijou a mulher. Começou a descer às escadas, rumo à saída.
Via Sophie em cada janela... começara descer mais rápido...
Aquilo era um pressentimento ou não passava da culpa dum boêmio?
Sophie resolveu mudar seu destino , foi para o bar mais próximo da faculdade, sabia que Pierre era emotivo e rendia-se fácil à bebida...
Pierre queria beber um pouco. Não que a suposta morte de Sophie fosse motivo para tal... O Bordeaux perdeu para o Borrusia Dortmund... E ele apostara suados euros no bolão da faculdade... Olhou sua carteira e ficou mais irado ainda: Estava sem dinheiro... Voltou mais cedo para casa.
Mas levava uma garrafa de Whisky...mas sabia o pobre, que a bela garrafa havia sido "batizada", Sophie não deixaria de vingar-se...
Pierre estava com uma sede daquelas... A garrafa olhava para ele, ele olhava para a garrafa... Havia varado duas noites para obter uma boa nota na semana de avaliações... Estava muito cansado... Pensou: "Uhn... Se eu beber agora, aí que eu durmo no volante mesmo, as pílulas de guaraná não fazem milagres". Quando chegou em casa, colocou a garrafa sobre a mesa e foi se deitar. Dormiu como estava.
acordara com sede...pensou log ono whisky...tomou um copo, outro e outro...Sophia admirava tudo, espiando pela janela...ouvira o barulho de queda, corpo e copo ao chão, ela rira, não é preciso entrar em detalhes...
vocês sabem...
Alguns homens não se dão bem com arsênico...
Obrigada pela parceria R.W.O.G
~ Criador, cria e atura...
...O sopro dos vapores urbanos, galhos secos que formavam desenhos na escada, um gato asqueroso e magro sobre o telhado vizinho...
e meras lembranças, elas nunca deixavam-na só e fazia a moça sentir saudade...
...Talvez fosse o que a mantesse viva naquele lugar esquecido...
ou talvez o sopro supria sua superficial necessidade de respirar, e por isso, e só por isso, vivia.
...Por mais tóxico que fosse. No corpo, aquelas fragrâncias consumiam minutos de saúde. O que dizer então sobre a sua alma... Cada momento que lhe foi negado doía mais que os afirmativos, e eram mais profundos que flechadas, e mais desejados que chocolates durante o Natal, mais estimulantes que qualquer éter noturno...
Ela estava viva, tremendo, de leve, de puro deleite, orgulhosa de ter o medo sob controle
...Mas ainda faltava alguma coisa...
Coisa alguma sempre faltava...
Ela recuperaria o orgulho fatalmente dilacerado?
Ela se sentiria completa ao menos por um segundo ?
o telefone tocara
e estava receosa...
Correu para o armário, abriu suas portas desesperadamente, esbugalhou os olhos, não havia mais uísque, não havia mais barbitúrico, não havia mais faca, tudo fora jogado fora para impedir sua própria aniquilação num momento como aquele. Um dia, aquele telefone tocaria novamente.
...Por que ela se desesperava tanto...
O telefone não bastava ao desejo, o que mais invejava era o que não via...E nesse dia, ela só queria chorar como um poeta do passado e fumar seu cigarro na falta de absinto.
Mas era tudo que possuia. Ela própria esvaziou a casa. Aquele barulho fazia mal como todo o resto, mas ela desejava aquilo... Ai... Como nunca.
o telefone ousara tocar novamente...
Ela o fitou. Queria arremessa-lo contra a parede. Queria engoli-lo. Atendeu:
Alguém do outro lado disse... "É você ainda?".
não tinha forças, nem voz, para dizer ao menos"Alô!"
"É você ainda? Responda-me! Responda-me!".
"É você ainda" aquilo fez ela pensar...era a mesma? tomou ar e disse apenas: "existo, basta pra você?"
Um murmúrio zombeteiro do outro lado. Silêncio.
"Responda-me! Basta?"
"Não é o suficiente. Afinal, por que você ainda parece um zumbificada, vagando errante, foi algo que fiz? Você morrerá desse jeito".
"Algo que você fez?" Queria dizer-lhe tudo, mas ele só a acharia mais problemática "Não...só realizo o seu bem fazendo com que permaneças longe de mim..."
"Permanecer longe de você? O que foi aquilo na sacada, enquanto eu conversava com a bibliotecária? Eram apenas livros!".
"Você precisava fazer aquele escândalo todo? Hein?".
"Por isso disse que estou realizando o seu bem me afastando de você e te afastando de mim..."
"Aquilo não foi bem, você poderia ter caído de lá de cima, oras... Você não quer se afastar de modo algum... Isso é outra coisa".
"não quero fazer isso de novo...manterei distância...carrego comigo a placa de "PERIGO!" , você mesmo disse."
"Fazer o quê?".
"Você me ama?"
"Você e essa pergunta de novo... Não seja evasiva... Pare com isso, você está se destruindo tentando fugir de si mesma".
"Você me ama?" Dessa vez posicionara-se frente a janela, e enrolava o fio do telefone em seu pescoço...
ele podia ouvir o sopro do vento
Pierre escutou o telefone caindo do outro lado... Sentia que alguma coisa errada podia acontecer... Provavelmente Sophie estava tramando alguma coisa... "Sophie? O que você está fazendo? O que quer que eu responda?".
"Eu? Estou só tomando um ar, enquanto não o perco...quero que me diga a verdade, só..."
Pierre já havia passado por aquilo antes. Ela sempre blefava. Mas ainda havia incerteza... Ela estava especialmente seca nesses últimos meses, não estava comendo, não estava conversando, apenas olhava como se aquelas pupilas fossem botes crotalianos. Ele não queria errar. Era um jogo, óbvio. Ou não.
"Sim, Sophie, eu te amo". Ela não podia vê-lo. Ele contava com isso.
o que Sophie mais invejava era o que não via...Sabia que ele estava mentindo, foi-se o tempo em que o amor dominava, apenas disse "Obrigada por tentar, mas não disse-me o que pedi, a verdade" e atirou-se pela janela e deixou uma certeza: o telefone não tocaria mais...
Pierre escutou o barulho. Agora já era. Estava livre. Sophie também, de certa forma. Mas ele estava enganado.
Pierre colocou o telefone no gancho, lamentando-se pelo que aconteceu, mas, na sua cabeça, aquilo não era mais problema dele.
Texto escrito juntamente com um amigo muito especial, que tem minha total admiração... R.W.O.G
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
~Qual o peso da luz?

Minha cabeça pesa... Qual o peso de cada luz que carrego? Qual o peso da SUA luz? Parto do princípio de que, se eu acredito, existe. Acredito que cada luz varia de peso de acordo com o momento. Por quê? Porque tendo peso, cada uma delas deixa sua marca, e sua cor é dada pelo momento principal, agora, imagine ser bombardeado por luzes de cores até desconhecidas!!!!!Qual o tempo que fico com uma luz??? Céus! Quantas perguntas, e nem sei se de fato, vivo. Esse corpo que vos fala, talvez tenha formas espectrais desconhecidas por outrora. Você existe? Você sente? E o mais importante: Você ilumina?
Não tenho resposta pra nenhuma dessas perguntas, por que? Porque é isso e ponto!.
Isso não é, de nenhuma forma, o que vocês chamam de “conformismo”,é apenas o ser, em essência, e sentir exclusivamente escassos de não saber o que se realmente é.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) – 21/10/2009 – 20h29
terça-feira, 22 de setembro de 2009
~ Idoso...
Como momentos tornam-se instantes.
É estranho pensar que a Terra só gira,
Porque quer iluminar-se inteiramente,
E que na verdade,quem a faz girar,
Somos nós, seres humanos,
Afinal,
Sem seres,lua e sol
Ela não passaria de uma mera esfera.
O que pensamos
É que podemos trocar a lua cheia
Pelo sol...É tão difícil entender que um depende do outro pra existir?
Somos dependentes,em tudo, de tudo.
De uma força maior, de uma sociedade, de uma comunidade, de um família...
É estranho ver que uma construção
Por um sopro,
Pode desabar...
Que nada real,
Que o valor é temporário,
E que tudo é ilusão...
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) – 20/03/2009 – 23h03
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
~Tupperware
Desespero con(stante)tido.
Angel(alguém ou até mesmo niguém)- 26/08/2009 - 21h46
~Mais uma sem sentido algum...

A vida brota
Pelo vidro da janela escolho minha gota e fico na torcida para que ela chegue ao solo antes das outras.
Não foi desta vez...
Lembro de quando me ensinaram a pegar água do filtro sem fazer barulho.
Família de sono leve...
A chuva continua...
Só se escuta ela...
Leve e cheia de reflexos
Iluminada pelo nosso satélite natural.
Folhas se mexem
Árvores dançam a coreografia do vento, estão vivas!
Interessante...
Durante cinco minutos
Vislumbrei a chuva noturna.
Fecho os olhos e sorrio.
Trago pensamentos agradáveis ao meu sono
Me concentro na melodia..
Penso no amanhã...
Toca o despertador...
Obrigada por mais um dia...
Faço questão de que o pé direito pise primeiro.
A vida continua...!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
~É tudo muito relativo...
É tudo muito relativo. E eu só sei que estou mal sentado. Mas… será que estou? Será que estou sentado sequer? Isto é um sofá? Sinto o rabo a queixar-se. Quem inventou as personificações? É mesmo tudo relativo. Estou aqui a divagar se estou mal sentado, ou se quiserem, mal colocado em relação à relatividade, e nem sei se existo. Posso ser o sonho de outra pessoa. Tenho dor? O amor existe? E ainda mais importante, o meu carro existe e o seguro está mesmo em dia? Posso ser produto de um universo paralelo, que até pode nem existir. Ou não. Ou sim. Quem inventou as repetições?Chamem-me todos os filósofos deste mundo, quero falar com eles e explicar-lhes que este monólogo é menos relativo que as suas teorias…
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 11/08/2009 - 18h32
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
~ Egoísmo
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 03/08/2009 - 02h06
~ vidros coloridos
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 03/08/09 - 01h35
~ 12 x n
Deveras, eu sempre soube. Não gosto que se desfaçam assim como se eu forjasse planos ardilosos para sobreviver. Nunca fui um canalha aristocrata. Traria orgulho do cabeçalho ao rodapé se soubesse tamanhas engenhocas. Agora vejam, toda essa tempestade! Reconheço uma verdade ínfima, mas de que adiantam os rodeios? Treze dias, e a obsessão carregava-se a cada hora - eu temia. Não podia imaginar, mas fiquei insatisfeito pela ausência de meus instintos; deveria saber que apenas doze horas distintas seriam equivalentes a toda essa franqueza. Confesso que já burlei algumas regras pessoais. Mas não, dessa vez não fora minha culpa! Eu faria muito pior se quisesse. Entretanto - entre, tanto, claro, mais que nunca - tantos dias felizes não foram suficientes, foram? E ela pôde me atirar aos cães com toda a sua dignidade imaculada, ah, diabos! Se conseguisse asas, eu devaneava para longe até que sua fé perdesse um compasso. Quem sabe assim poderia fazê-la ver, poderia tirar de sua face o orgulho cego e mostrar como sofro também? Essa seria a minha prova - a dor, o ácido. Qualquer vivente poderia identificar a minha falta de frieza. Afinal, se pudesse arquitetar, não usaria isso em favor à minha própria sorte? Não condiz com meu célebre auto-sacrifício. Não condiz com a vontade de morrer por ela, e apenas por ela... Nem por mim mesmo conceberia tal feito.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 03/09/2009 - 01h03
~Tempo livre
Depois disso senti que precisava de um colo, um abraço longo e demorado,cansei de me sentir sozinha... queria alguém que sentisse sem que eu precisasse falar. Não, não é amor que eu preciso, é refúgio...
Resolvi sair no quintal, e admirar a vista maravilhosa que tinha da noite, e me apoiei na coisa mais simples, me dei conta que se até mesmo as estrelas birlham na escuridão, por que não eu?Ví que o tempo me enfraqueceu...Que na verdade, não era a carga que eu tinha que me incomodava, mas o tempo que eu fiquei com ela. É como segurar um copo d’água, passa-se um minuto, está tudo bem, 10 minutos ele já começa a pesar, e se você ficar segurando um dia inteiro, é possível que a tendinite venha te atormentar... Viver é lutar, avançar, criar, superar-se, crescer e esquecer. E isto requer coragem...: Quero, um dia, poder dizer às pessoas que se identifiquem com esse texto ( e as que não, também) que nada foi em vão... que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 03/08/2009 - 00h01
sábado, 25 de julho de 2009
~ Consciência

~ Amigo especial

~ Normal.
Cheguei próximo à um rascunho do que eu poderia ser: eu sinto, e se não sinto, não existo. Mas logo essa idéia foi apagada. Rascunho do que sou...
Então, desisti, cansei! Paguei a conta do analista para nunca mais saber quem sou...
melhor assim.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 18/07/2009 - 01h29
sábado, 18 de julho de 2009
~ Bigornas

~As lágrimas saiam dos meus olhos
com o peso de bigornas
Sentada no chão físico, existente.
sentia cada uma das bigornas caírem
Qual o peso que aquilo tinha dentro de mim?
Eram elas que preenchiam o vazio que eu sentia?
Estava vulnerável,
sem defesa.
Fraca demais para qualquer concorrente
Poderia encher a caixa d'água com aquelas bigornas.
Nunca havia me permitido isso por tão longo tempo.
Por quê isso era necessário?
Retomei o fôlego
e levantei leve como uma pena
as bigornas já não estavam em mim
Mas elas que me prendiam à realidade
a sensação de leveza não vai durar muito
Basta acordar,
e a primeira bigorna vai começar a se formar...
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 18/07/2009- 00h41
sexta-feira, 10 de julho de 2009
~ Você ama, mas...
Nada a ver com desinteresse. Às vezes quem você ama faz alguma coisa que não é legal, que mexe com você, como uma palavra num tom errado, mas é coisa pequena, não vale a pena cobrar. Fica aquela preguiça, corpo mole. Beija, mas não é aquele beijo.
Outras vezes você acha que o seu amor falhou com você. Ou porque se esqueceu do seu aniversário, ou porque não ligou o dia inteiro, ou porque ligou o dia inteiro, ou porque passa tempo demais na internet, ou com fones nos ouvidos, desligado de você. Então você se permite um tempo para descansar um pouco do seu amor. Acha que está dando mais do que recebendo, e com isso tem deixado de fazer coisas, suas coisas. Aproveita o tempo para responder a e-mails acumulados, enviar fotos que ficou devendo, lavar o carro, copiar a chave perdida, levar o cão para um banho e tosa, pagar uma visita, levar aquele sapato para o conserto, talvez pedalar no parque. É gostoso esse tempo em que você não ama quem você ama, é quase como um fim de semana prolongado, sem viajar.
Tem horas em que você não se lembra de que está amando quem você ama, com tanta coisa para fazer disputando espaço na sua cabeça: trabalho, vestibular, currículo, entrevista, negócio, mãe, prestação vencida, filho, escola, compromissos, trânsito – e se distrai. Nessas horas você não está amando quem você ama. Não são falhas, são intervalos.
Chega um dia em que você precisa receber mais atenção de quem você ama, está carente, hipersensível, e não recebe. Em resposta, você dá uma recuada. Ou tem dia em que você está muito a fim e não coincide, e aí você recolhe a mão curiosa. Ou quer carinho e a mão não chega. Você vai para dentro da sua concha e deixa de amar quem você ama por um tempo variável de minutos a dias.
Pode acontecer uma vacilada. Não é que você não esteja mais amando quem você ama, é só um vacilo. Por exemplo, encontra casualmente uma paquera dos tempos de faculdade, ou uma paixão do colégio, aquela coisa que não chegou a ser, e alonga a conversa, fica testando se a outra parte desencanou total como você ou se guardou alguma coisa, é mais vaidade do que curiosidade, você fica tentando captar algum sinal, nem sabe se teria coragem, e nada acontece, e se despedem, e você passa uns dias com aquela imagem voltando... – e nos momentos dessa inquietação nostálgica você não está se lembrando de que ama mesmo é quem você ama.
Chuva, quando se está só, também deixa a gente precisando. Em caso de viagem, chega a doer, e você percebe que é saudade de abraço, da coisa física que é o abraço, impessoal de tão abraço. Nesse momento animal você nem está amando quem você ama, aquela coisa é só você, solidão.
É exaustivo manter a corda do amor esticada o tempo todo, e você descansa o braço para relaxar. Não é desamor, é uma pausa para beber água – mas já pensou se aquela bandida ou aquele bandido passa numa hora frágil dessas? São coisas que acontecem ao longo de um amor, e o momento passa sem bandidos, que apenas riscam a paisagem e somem como pássaros.
Quando você dorme, você não ama. É o melhor descanso. E quando sonha, então? Pode até permitir carícias de fantasmas, mas não é você que está ali, é tudo uma fantasia da qual quem ama retorna sem culpa.
Não é sempre que você ama quem você ama, mas, quando se dá conta, já passou uma vida inteira amando quem você ama.
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 10/07/2009 - 23h48
sexta-feira, 3 de julho de 2009
~ A mais forte
Trecho do texto "A mais forte" - August Strindberg
sexta-feira, 19 de junho de 2009
~ Sen(tir)sibili(ber...)dade
Desejo conhecer tudo a fundo,
mergulhar de cabeça sem precisar ver o mundo de cabeça para baixo.
Sou sensível e me irrito facilmente,
me alegro facilmente e por isso eu não sou fácil.
Sei falar sem parar um minuto,
mas também sei não falar por horas,
olhando para o nada,
tentando engolir tudo.
Me diga que o meu dia vai ser bom,
porque eu vou acreditar,
e ele vai ser.
Não me diga que a vida não vai ser boa,
porque eu vou sempre te provar o contrário.
Nada é um pouco,
é sempre um mais!
Mais vida, mais alegria, mais tristeza,
mais tentativas, mais vitórias.
Quem sente mais,
vive mais,
consegue mais.
Eles ouvem palavras,
eu ouço sentimentos.
Eles dizem frases,
eu recito amor.
A fila deles não anda, corre.
Eu lamento.
Já é chato não chegar a lugar nenhum,
imagina nunca chegar e ainda se cansar correndo no caminho?
Há quem veja sensibilidade
e quem veja exagero,
as coisas NUNCA mudam.
Não consigo então negar o que eu sou,
negar o que eu sinto.E nas constantes vezes em que me irrito ou sorrio,
desafio quem acha que por eu ser sensível sou fraca.
Não sou fraca, sou forte.
E como é bom saber que é essa força que nos diferencia.
Eu suporto ver o mundo como eu vejo,
você não suportaria.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) – 19/06/2009- 14h28
terça-feira, 9 de junho de 2009
~ Contradições

O mais incrível é você ficar esperando horas, aguardando ansiosamente o seu dia ativo terminar para encontrar com o amado (a), e quando se encontram, torna-se um dominador de face um sorriso largo e sincero, um olha de admiração e felicidade por estar ali, e um abraço faz toda a espera do dia valer a pena...
É bom ter com quem contar, pra quem contar como foi o dia, ter de quem ouvir, ter vontade de cantar uma bela canção... Serem crianças felizes juntos, sentir-se seguro e ao mesmo tempo tão livre que se tivesse asas voaria...
É estranho uma palavra só dar uma mudança tão significativa...Quando assumi estar sentindo afeto especial por alguém, um amigo meu me disse “ Não diga isso! O amor é ruim, é lindo mas pena que é falso” eu repentinamente respondi : “ que horror!” e ele me retrucou: “ Era o que você me dizia...”CAI DO CAVALO, quebrei as pernas, os braços, a cabeça, todos os ossos possíveis e imagináveis existente no corpo do ser humano...
Vivemos de contradições, e daí??? Estou aprendendo aos poucos...Quero vivenciar coisas novas, ter novas experiências e acreditar que um dia, descobrirei o verdadeiro significado de amor...
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) – 09/06/2009 – 22h22
~ blablabla
O vento frio subia a rua, desafiando a gravidade e me refrescando da temperatura quente do dia. Eu estava chegando em casa da padaria, um doce enorme debaixo do braço, e nada poderia me fazer menos feliz. O natal fora lindo e completo, e logo o ano novo ia começar; uma ótima notícia para quem ama novidades. Me lembro de estar ansiosa para chegar em casa, e de olhar para o céu e ver que o Sol começava a descer, dando a tudo um tom alaranjado.
Não é como nos filmes; nunca confie em Hollywood ou Steven Spielbert. Eu queria que algo pudesse mostrar tudo que se passa na cabeça de uma pessoa quando acontece algo do tipo. Quem sabe assim alguém entenderia.
Não há músicas de suspense, nem qualquer desconfiança; a pessoa não faz a mínima idéia do que vai acontecer. Pelo menos no meu caso, a rua não estava deserta, um casal vinha no sentido contrário, rindo e brincando de empurrar um ao outro. Me lembro de sorrir, associando a cena a uma de minhas melhores memórias. E, quando eu passei pela esquina, me lembro de olhar para o outro lado e vê-lo ali.
Nos filmes, o terror que se sente é muito menor do que esse. A surpresa é avassaladora, e o medo vem tão forte que você perde o equilíbrio. Não, ninguém entenderia.
Me lembro de chegar em casa aquela noite, meia hora depois, sem o mínimo apetite. Eu deixei o doce na cozinha e fui para o meu quarto. Felizmente não tinha ninguém em casa para me ouvir enquanto eu me desfazia no banheiro. Me lembro de ir até a janela, e de escorregar até o chão ao ver que ele ainda estava ali.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 08/06/2009 - 17h03
A inspiração voltou....
sexta-feira, 29 de maio de 2009
~ A criança que pensa em fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
Alberto Caeiro
* Sem inspiração....
quarta-feira, 20 de maio de 2009
~Sobra tanta falta...

sexta-feira, 15 de maio de 2009
~ Revendo valores.
Conceitos e normas sem cabimento.
Preceitos a regularem procedimentos
que anos a fio insisti em preservar.
Perderam o significado, o quê de sagrado...
Tornaram-se fardo, aprisionando e aprisionados.
Guardados num cofre trancadoonde deposito o melhor de mim.
E o melhor de mim seria frutode conceitos padronizados?
Valores atemporais...Herança de ancestrais...
Fui palco de suas (im)posições;
platéia de suas (in)decisões.
enredo de suas (con)tradições,
curvando-me às suas (alien)ações.
Tornamos difíceis as fases da vida
sangrando expostas feridas,quando a dor mais renhida
entra...sem bater.
Testemunhamos acontecimentos.
Os mais diversos e adversos.
O viver!
Quando o embate conflitante faz prevalecera vontade de vencer...
Ou se perder.
Hoje os vejo enfraquecidos,desvalorizados, envelhecidos...
Perderam a garantia e por ironia
agora são espelhos a refletir legados...por mim renegados.
Pobres valores desgastados pela vida
que não puderam acompanhar.
Ultrapassou-os a evolução do tempo
e hoje, sem tempo, coíbem o desejo de mudar.
Liberto-os e me liberto...
Que vão embora!
O tempo corre lá fora
e eu preciso o alcançar.
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 15/05/2009 - 21h43
domingo, 10 de maio de 2009
~ Alegoria dos porquês
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 10/05/2009 - 20h07
*Inspirado em 'Realejo' - o teatro mágico
~ Folia no meu quarto.

terça-feira, 5 de maio de 2009
~ Modernidade
Quando fui, quando éramos
Intactos projetos imaturos
Fomos modernos
E nos couberam ternos,
Gravatas e moldura
Cultura e inferno
Fôssemos eternos...
Quando era primeiro
Primeiro certeiro amor
Era indolor querer tudo
E íamos na vida a cada fome
A cada fama
Nos couberam ternos,
Gravatas e moldura
Cultura e inferno
Quando fui, quando éramos
Intactos projetos imaturos
Fomos modernos
Fôssemos eternos...
Quando era primeiro
Primeiro certeiro amor
Era indolor querer tudo
E íamos na vida a cada fome
A cada fama
E a grama era verde...
O nosso vale
E os nossos mil metros de medo...
~ Coisas simples

Angel(alguém ou até mesmo ninguém) – 05/05/2009- 21h12
~ Até onde vale a pena?

Se só a minha pessoa tivesse no jogo eu nem me importaria, mas e as outras pessoas??? Eu e minha maldita mania de pensar nos outros... Nem se importa quando preciso, arranja outra coisa pra fazer, não me olha nos olhos e ainda viras as costas pra mim...Fico irritada e ainda estou errada!
Decidi que, agora, eu quero que você se dane! Você e suas malditas frases formadas, pensamentos insanos, e sabedoria plastificada... Prometi que seria o último aviso, talvez as pessoas que no assunto eu tratava, fiquem contigo ainda...mesmo sendo descaradamente usadas...
Mas eu não vou sustentar o peso de uma culpa que não tenho...
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) – 05/05/2009 – 20h42
domingo, 3 de maio de 2009
~Um dia tudo vai mudar...(ou Um pouco mais de mim II)

~ Siga.
como se tivesse acabado a energia.
A energia, a alma, a vontade de ser, o pavor...
Sim, o pavor também se fora.
Acabaram-se as coreografias
e ela não poderia viver sem melodia.
As luzes apagaram-se
e as ruas estavam vazias,
Ao seu lado
apenas sombras de casas,
sobrados, e aluz da Lua
que já dava o seu "Adeus".
Seu medo voltara,
Como sobreviveria?
Improvisava saltos
a natureza (nas poucas árvores nascidas no concreto)
encarregava-se do ritmo.
Ela seguia sem saber pra onde
ou porquê
Era guiada e coreografada pelo medo.
Ia sempre na direção em que seu medo aumentava...
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 02/05/2009 - 22h54
~ Futebol!
Primeiro tempo, coisa linda! Sem muitas faltas, santos fez seu primeiro gol, e logo em seguida, veio o 'curíntia', ótimo...EMPATE! intervalo.. E começa o segundo tempo!
O que antes estava em paz, virou-se guerra... Do futebol, passou pra uma luta livre!...Se bem que, corinthias sem porrada, não é corinthias ...Aguentei, gritei, surtei...
Por fim, todos vivos, alguns feridos... e 'curíntia' campeão com o seguinte grito "É festa! É festa na favela!" Assumiram-se...
Subiu-se a taça, caiu-se chuva de prata, e lançaram-se fogos... Por um instante, imaginei a caixa onde subia-se a taça, capitão e presidente do corinthians pegando fogo, falei, soltei, e feito!
Pessoas virando 'homem chama', me preocupei, mas passou, ri... muito!...
Ainda existe futebol???
Me desculpem os corinthianos... Post realizado por uma santista roxa!...
Parabéns ae!
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 03/02/2009 - 18h55
~ Não pense em mais ninguém.
Desconfortável
mascarada,
Incontrolável
Como se um copo
tivesse arrastando um corpo
Descobrindo quando você anda mal acompanhada
Sufocada
Impenetrável
Manipulada,
Indesejável
Pra quê tantos livros em sua estante?
Tente guardar um instante
pra nao se sentir tão mal-amada
Seus presentes não valem tanto assim...
Suas historinhas não são tão boas assim
Vê se entende agora
Faz a mala e vai embora
Não!
Não pense em mais ninguém
Ficou fácil agora
Põe esse cara pra fora
Não!
Não pense em mais ninguém.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 03/05/2009 - 18h40
sábado, 2 de maio de 2009
~ Qualquer coisa aí.
(Pelo menos 3 dias longe daqui.)
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 02/05/2009 - 10h30
~ Crise.
Foi isso que eu fiz. Reencontrei cada estilhaço, e por alguns eu tive que ir muito longe. Nessa parte você ajudou, se mantendo distante. E agora, que eu estou quase inteira, que eu coloquei o meu ponto final na nossa história, você volta desse jeito. Não é justo. Não é justo que eu chore por você de novo depois de todo esse tempo. Vai embora, para qualquer lugar, para o lugar de onde você veio, eu não quero sentir esperança de novo. Eu não sou um brinquedo de montar e desmontar, não vou me reconstruir tão facilmente dessa vez. Vai embora, por favor. Eu não quero viver pela metade, eu quero tudo, quero viver por inteiro. Eu quero ser feliz. Foda-se de quem eu gosto ou não gosto. Ao inferno com o amor que eu sinto por você. Eu quero ser feliz.
Por favor, me deixa. Você tem outras. Eu não tenho ninguém. Eu estou sozinha. Me deixa.
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 02/05/2009 - 04h53
~ Bobagens da TV.
~ Chegou a noite e eu podia escolher entre dormir ou assistir televisão, escolhi fazer algo que não fazia há muito tempo (não foi dormir)...assistir TV, e infelizmente fiz a escolha errada. Ví que ou eu estava totalmente alienada ou o mundo estava de cabeça para baixo,ou os dois. "Você tem amigos? Se não, este 'serviço' pode ser contratado!"... Sim! Você paga para ter amigos! O que mais me surpreendeu foi o que veio a seguir: " É tímido? Não se dá bem na balada? Aprenda a conquistar as mulheres com 'personal paquera' " Para mim, foi o cúmulo, ensinar técnicas e achar que as mulheres são todas iguais. Perdeu-se a originalidade, a essência, o diferencial. Pessoas que venderiam a mãe por dinheiro, tudo isso pela placa de recepção que nós e todo o mundo carrega "Bem - vindo ao capitalismo!"
Cada vez fica mais claro que em pouquíssimo tempo encontraremos pessoas sendo vendidas em lojas de um real....
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 01/05/09 - 23h58
sexta-feira, 1 de maio de 2009
~ A última lágrima.
Sentiu a avenida brilhar aos seus pés, reverberando a emoção que sentia; não era felicidade, talvez apenas a energia que provinha da promessa que acabara de fazer... talvez a expressão exata da vontade que sentia, de afundar naquele infinito do céu e espalhar lá de cima o amor que transbordava em suas veias em forma de luz.
Quem sabe assim ele não acabasse de vez? Quem sabe ele não se esvaísse em suas promessas? Ela sabia que sim, ele iria; deixaria suas cicatrizes fundas, mas iria... e ela sorriria e cantaria pra quem quisesse ouvir, aquela música que tanto sonhou em realizar; 'ali onde eu chorei, qualquer um chorava; dar a volta por cima que eu dei, quero ver quem dava'.
Quem sabe assim, ele já não acabou de vez?
Angel (alguém ou até mesmo mninguém) - 01/05/2009 - 16h07
quarta-feira, 29 de abril de 2009
~ Aterro sanitário.
Confesso que essa semana deixei minha aparente fantasia de “rocha”, e revelei a tal da garota indefesa, por circunstâncias nada boas... nada boas MESMO.
Muitas das pessoas, ainda assim, não conseguiram reparar a infelicidade da tal... Mas será possível????????Ou eu sou sensível demais, ou as pessoas viraram icebergs. Mas enfim...
O que me levou a conclusão do “material descartável”??? Já repararam que não se pode esperar nada de ninguém, porque as pessoas sempre vão te decepcionar? Bem por aí...
Se você quer desabafar, conversar, chorar as pitangas a um amigo e ele simplesmente vai falar com outra pessoa, ou tem outra coisa (teoricamente, “mais importante que você”) pra fazer, como você se sentiria??? Uma garrafa pet, tenho certeza! (ou talvez uma latinha de refrigerante...)
Depois de conversar com seres humanos iguais a mim, me acalmei,resisti a um dia inteiro...Ao chegar em casa, e ouvir um funk suuuuuper inspirador com a devida letra da personalidade da minha vizinha, resolvi criar uma máscara (o que tem a ver com o resto da frase? Não importa, que criei uma máscara é o ápice da frase.), na verdade outra máscara, e outra ,e outra...
Descobri que desabafar muitas vezes não adianta nada, que você tem que medir o que deve e o que não deve ser falado, e para as pessoas não falarem “estou aqui”, e quando você for procurá-las ela simplesmente arranjarem “algo melhor” pra fazer, esboçar um sorriso serve pra enganar.
O problema é que, elas só vem falar conosco quando querem, ou sentem remorso ou qualquer desculpa assim... Achando que podem jogar e depois pegar, como se fosse o tal material descartável...
Faz bem colocar a máscara, fingir que está tudo bem, pelo menos até ficar tudo bem realmente.
O ser humano é uma bosta!
A devida conclusão é, sendo reciclados ou recicladores...
Vamos todos pro mesmo aterro sanitário!
Viva a reciclagem de pessoas!
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 29/04/2009 - 21h28
segunda-feira, 27 de abril de 2009
~ Primeiros - Socorros

~ Tem alguém escrevendo a história da minha vida. Tem que ter. Eu não posso aceitar que as coisas aconteçam assim, simplesmente por acontecer. Tem que ter uma razão de ser. Se eu tropecei e bati com o joelho na quina dessa mesa de centro, alguém desenhou ela aqui agora. Não existia antes. Nunca teve mesa de centro na sala da minha casa. Tenho certeza. Tem alguém digitando cada passo meu, cada arroto, cada soluço. Eu não posso aceitar que as pessoas me folheiem assim, simplesmente por acaso. Tem que ter um porquê. Ei, você, pode me responder? Pára de traçar meu destino aí por 5 minutinhos e me dá atenção! Olha, já que vai escrever mesmo, põe algo legai aí: um girassol na janela, um cãozinho bege ao lado da cama, um telefonema fora de hora, uma frase tardia. Aproveita e dá uma caprichada nas ruas por onde eu passo, nos cenários da minha história e nas pessoas que acenam pra mim!!! Estou cansada de tropeçar e cair!!Eu não sei dançar como pede a música!!! É sempre a mesma casca de banana, sempre o mesmo tombo, o mesmo galo na cabeça amarela!!! Olha só, caí de novo, mais uma vez e mais uma!!! Tem alguém escrevendo essa porra dessa história dessa minha vida. Tem que ter. Eu não posso aceitar que o acaso tenha te colocado bem aqui no meio da minha sala, bem assim por brincadeira, bem na frente daquela casca de banana, bem diante da minha próxima queda. Mais um tombo, mais um galo amarelo, tropeço previsto, vulnerável condição. Se tem alguém escrevendo a comédia de erros dessa minha vida, favor inserir um kit de primeiros - socorros nas ruas por onde eu passo, nos cenários da minha história e , principalmente, próximo às pessoas que acenam pra mim.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 27/04/2009 - 19h30
domingo, 26 de abril de 2009
~ Faz acontecer!
Enxergam bem além
Das palavras que eu não sei achar
pra falar desse olhar
de menino que sonha
por sonhar.
O que te aflige?
Não é você que tá pronto
pra o que a vida exige?
Você se alheia a essa condição humana
dividida,vazia, maquiada e dissociada.
Você lê, constrói e se destrói
E está sempre cheio de...
Coisa nenhuma.
Cadê? Mostra o teu poder
Vai lá
Faz acontecer.
Coitado de você
Dá pra ver que tá perdido
no teu próprio ser.
Não liga não tá?
Foram essas as palavras que eu consegui juntar.
Não adianta ficar puto...
A tua moral
tá em curto circuito!
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 25/04/2009 - 00h13
sexta-feira, 24 de abril de 2009
~Sereníssima
Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta o meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas
Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades,
Tínhamos a idéia mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.
Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.
Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho
Mas não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.
Minha laranjeira verde, porque está tão prateada?
Foi da lua desta noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.
sábado, 18 de abril de 2009
~ We are living in America.

~ MINUTOS DE SILÊNCIO
Srs(as),
Vamos fazer um minuto de silêncio em homenagem aos 5.000(?) americanos, a maioria civis inocentes, mortos covardemente por terroristas que ainda não se sabe quem são.Já que você está em silêncio, fique quieto mais treze minutos em homenagem aos 130.000 civis iraquianos mortos em 1991 por ordem do Bush Pai.Aproveite para lembrar que naquela ocasião os americanos também fizeram festa, como os palestinos fizeram terça 11/09. Emende mais 20 minutos pelos 200.000 iranianos mortos pelos iraquianos com armas e dinheiro fornecidos a Sadam Hussein (ainda novinho na época) pelos mesmos americanos que mais tarde virariam sua artilharia contra ele.Mais quinze minutos pelos russos e 150.000 afegãos mortos pelo Taliban, também com armas e dinheiro americano.Mais dez minutos pelos 100.000 japoneses mortos direta e indiretamente em Hiroshima e Nagazaki, também por ação direta da águia.Você já está em silêncio há uma hora (um minuto pelos americanos e 59 por suas vítimas).Se você ainda está perplexo fique mais uma hora em silêncio pelos mortos na guerra do Vietnã, da qual os americanos não gostam de ser lembrados.Fica aqui o desejo de que o sensacionalismo dos "ataques à Nave Mãe" não apague as mortes miseráveis causadas por eles todos os dias nos países atingidos por sua política expansionista e devastadora, já que estes crimes sociais não têm esses "efeitos cinematográficos" e ficam em subplanos nos noticiários mundiais.E eles ainda falam em "Freedom"...
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) – 08/08/2008 – 20h14
~ São só garotos...
Outras, vejo que não posso desistir...
Seguir assim seria o maior desperdício.
Afogo-me e não sei se sobreviverei,
Arrisco-me,
Luto,
Sem saber pra onde vou,
Só sei que vou.
Esquecer,
Ou arranjar em quem pensar?
Palavras...
Words..
Frases,
Apenas frases.
Atos são simples ações,
E nada se torna significante.
Quero contar-te
Que não sou má,
E que é injusto que me olhe assim.
Já me cansei dessa situação,
Me encontro, e instantaneamente
Me perco.
Perdi-me muitas vezes pelo mar
Com o ouvido cheio de flores recém cortadas
Com a língua cheia de amor e de agonia
Muitas vezes perdida no mar
Como me perco no coração de alguns meninos...
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 18/04/2009 - 19h38
· “São só garotos...”
~ Amo o teatro

Em frente do espelho construo caras brancas,
Afino o nariz, escondo imperfeições: crio máscaras.
Sinto enorme alívio ao pisar em um local
Que é vários.
Saber que posso ser o que eu quiser,
A hora que eu quiser
E como eu quiser
Alivia as dores da rotina sagaz,
E torna as semanas mais fáceis.
Melhor ainda,
É AMAR isso,
Amar tanto, a ponto de esquecer de si.
Vivo, interpreto!
Métodos, instruções, naturalidade,
Outros lugares, outras pessoas,
Uma vida em vários locais,
Várias vidas em um local.
Me agradam coisas mutáveis,
Afinal, sou uma mutação constante.
É incrível ver que
ao mesmo tempo que sou todas,
Sou uma só...
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) – 18/04/2008 – 18h56
segunda-feira, 13 de abril de 2009
~ Garotinha...

Protegida pelos pais
E paparicada pelos irmãos.
Quando, a noite,
Tinha um pesadelo,
Logo corria para o quarto de seus criadores
E ali encontrava a segurança que tanto precisava,
Queria apenas se esconder de monstros e vampiros,
Ou somente,
Acender seu abajour para escapar da escuridão...
Essa garotinha, era muito inteligente,
Escrevia seu nome e
Alvoroçava-se quando acertava uma divisão no seu dever de matemática,
Lia contos de fada, já construindo um futuro com príncipe encantado,
E vivia rodeada de amigos aos finais de semana...
Hoje...
A garotinha cresceu,
Decepcionou-se ao ver
Que seus amigos foram embora,
Que contos de fada não existem
Que uma conta de divisão não é tão difícil quanto geometria analítica
E que não basta escrever seu nome,
Pra dizer que conhece a si mesma...
Trocou a cama dos pais
Por cadernos de poesias,
Já não é tão paparicada pelos irmãos...
Declara-se independente,
Dizem que é dona de si...
Mas ainda tem pesadelos,
Agora, com um monstro em especial chamado responsabilidade
E com vampiros , que ao invés de sangue,
Sugam seu tempo...
E tudo o que ela mais quer
É escapar da escuridão
Acendendo um abajour.
É...
Mas ela nunca deixará de ser
O que era desde o começo...
Uma garotinha indefesa...
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) – 13/04/2009 – 20h42
sábado, 11 de abril de 2009
~Não tente entender...mesmo!
Voltou!
Meu medo infantil retorna...
Apago a luz,
Cubro a cabeça
E meu corpo inteiro,
Como se um simples edredom pudesse me proteger,
Ou ao menos
Pudesse tornar-me invisível.
Mesmo assim,
Fico indefesa tratando-se de pesadelos, sonhos...
Atingem uma parte de mim que não tenho controle.
Temo, que tornem-se reais,
E normalmente
É isso o que acontece...
Mãos cruzadas nas costas,
Olhos fechados,
Fronte gelada,
Vivo,
Mas não me mexo .
É a parte mais sombria ( e oculta) de mim.
É como se fosse outro mundo, meu mundo,
Que eu não sei
Nem em que ruas andar...
Angel (alguém ou até mesmo ninguém) - 11/04/2009 - 15h48
sexta-feira, 10 de abril de 2009
~ Corra!

Eu corria e sentia o vento e acreditava que poderia sair voando dali se corresse um pouco mais rápido.
~ Posso Ser...
Então, eu não quero ser apenas mais uma menina cheia de vícios.
Eu quero ser alguém na vida das pessoas, quero que alguém faça questão da minha presença. Quero me ralar de estudar, passar na melhor faculdade e trabalhar para conseguir um nada de salário.
E conquistar tudo, crescer pelo meu esforço.
Eu não quero fumar, não quero me drogar, não quero ser de qualquer um que passe na rua.
Eu quero ser importante, quero ter alguém, não muitos.
Quero me divertir e viajar, quero ser livre, mas quero ter para quem voltar.
Eu não posso mais ser uma louca fútil que vai viver na casa dos pais até os trinta.
Eu quero me orgulhar de mim.
Quero ler mais livros, ver mais filmes, ter mais amigos, aprender mais coisas.
Eu quero ter histórias para contar.
Não quero ter crises de insônia ou gastrite ou porcaria nenhuma.
Não quero ser um problema emocional personificado.
Eu quero ser feliz.
Eu quero amar, quero sentir amor sem dor.
Quero deixar que alguém me ame.
Quero conseguir falar tudo que me incomoda, quero que tudo isso passe.
Eu quero chegar aos noventa anos, olhar para trás e sorrir.
É só isso que eu quero.
Como faz?
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 09/04/2009 - 18h32
quinta-feira, 9 de abril de 2009
~ Senhora de minhas escolhas.
Há tempos sei da existência de tal sentimento
Por não suportar mais, resolvi contar o segredo.
Não me surpreendi com a indicação de não ser recíproco.
Resolvi, de uma vez, esquecer-te.
Escondi, menti, me enganei.
Busquei em outros olhos, outros corpos
e até mesmo outras almas te encontrar,
mas meu esforço foi em vão.
Hoje, ainda pensas que esqueci de tudo,
enganei a ti também, propositalmente.
Se não te tenho pra mim,
que ao menos o tenha perto.
Meu coração vive em eterno luto.
Sou enforcada pelo silêncio,
e rodeada pelas palavras que não soube dizer.
Gostaria de conseguir tamanha façanha,
libertando-me de ti
libertando-me de mim.
Por mais que me doa,
por mais que eu vá contra todos os meus princípios
e minhas vontades,
Terei de esquecê-lo
Habitas-te em mim durante muito tempo,
Chegou a hora
de eu ser dona dos meus próprios pensamentos...
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 25/03/09 - 00h13
~ Aparente felicidade...

quarta-feira, 11 de março de 2009
~ Desinspiração.
Bufa, bufa com o seu fôlego
Apazigua a tua calma e aclima
Raiva e desânimo pra cima...
E adquire teu ódio de homem sôfrego.
Os condenados então trouxeram
A tentação pra ti, tão infernal.
Humano, mera máquina substancial.
Anti-versos numa anti-poesia lhe fizeram...
E te reclusas a rejeitar
Oh! Sublime força de vontade a sua.
Seu ânimo poético recai com a lua,
Pois o romance tende a te enjoar!
Vinga então essa sua euforia
O inferno dos versos às inversas
Consome-lhe, e, submersas
Estão suas infernais poesias
Gagueja em sua própria dicção
Ao tentar ditar sua arte erradicada
Poesia chata de um poeta de nada
Que se inspirou com a desinspiração.
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 11/03/2009 - 21h40
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
~ Um pouco de riso.
~ O Paradoxo das Escolhas.
Escolhas… essencial para nossa vida é termos escolhas. Contudo, existe um grande paradoxo nelas. Não ter nenhuma é ruim, você sente uma restrição na sua liberdade, mas também ter várias não é bom! Aí que está o paradoxo, você acha que quanto mais opções e melhor? Nãaaaao!
Esses dias fui em um restaurante japonês com meu amigo Cordón. Fomos comer um japa… aqui em SP é comum se comer um japa, enfim…
Sentamos, a fome estava grande, aí vem a Mocinha. Pedimos do básico ao acabamento. Mas antes de trazer a comida, ela quis mostrar eficiência, ou quis me dar algumas opções… e aí começou a brincadeira das escolhas. Como disse, é bom poder escolher, mas veja, vc está com fome, louco para escorregar um sashimi pela goela e vem a garçonete perguntando um monte de coisas…
- Tá, então é rodízio, assim, assim, assim?
- Isso, pode trazer.
- Vão querer rolinho primavera?
- Pode trazer.
- Um ou dois?
- Dois, né? É, dois.
- De carne ou de frango? Ou de legumes?
- De queijo.
- Queijo não tem.
- De legumes.
- Assado ou frito?
- (assado?) <- pensamento. Frito.
- Crocante ou mole?
- Crocante
- Com eu sem ovo?
- Com
- Com ou sem cebolinha?
- Com. Não, sem.
- Sem?
- Sem.
- Vai comer de garfo ou de pauzinho?
- Pauzinho.
- Molho teriake, agri-doce ou shoyu?
- Teriake.
- Quer acrescentar queijo?
- E pode? Você disse que não podia…
- Não pode ter um só de queijo, mas vc pode acresentar.
- Quero
- Prato ou suiço?
- Suiço.
- Ralado ou picado?
- Picado.
- Em tiras ou em cubos?
- Cubos.
- Grossos ou finos?
- Finos. Olha, chega né? Tá bom? Traz logo o que tiver aí, do jeito que quiser que eu tô comendo…
- Tá. Só quero te perguntar mais uma coisa. Posso?
- Pode.
- E pra beber?
- Um guaraná.
- Com ou sem gelo?
- Sem
- Com laranja?
- Sem
- Na lata ou na garrafa?
- Sem.
- O que?
- Lata.
- Com canudinho ou sem?
- QUERO NADA NÃO! Se ficar com sede eu bebo shoyu mesmo.
Que saco… o pessoal quer mostrar eficiência, mas não é por aí! Cada vez que as opções aumentam fico mais perdido! São tantas coisas, tantos caminhos que fico com medo de decidir algo e ver que tem um melhor lá na frente. Quando você compra na loja e vê o mesmo produto em outro lugar, fica puto! Tão puto que não quer nem ver o preço da parada com medo de ser mais barato! E as coisas só tendem a piorar… cada vez mais!
O Paradoxo das escolhas é uma tema interessante… ou não…
retirado de : www.simplesmenteg7.com