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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

~ "when angels deserve to die."


~ Ela foi lançada tão sutilmente no ar que se poderia encarar como um passo de dança, se não fosse o som de seus ossos se quebrando como papelão. Talvez seja minha imaginação, mas penso que naquele minuto pude contar as batidas do coração que restavam. Seus cabelos lisos se espalharam, o que me pareceu irônico, já que eu sempre achei cachos mais poéticos. Mas eu não desistiria, e sua morte seria linda e leve como ela esperava, e eu também. Eu faria poesia.Pensei numa frase feita, e me pareceu clichê. Como descrever as ondas que o próprio vento pareceu contornar ao tom do impacto? Como explicar o reflexo da cor azul gritante sobre o giz da sua pele? E aonde todo o meu amor faria jus ao propósito da coisa? Não posso com dores gritantes, impossíveis de se camuflar. Quero algo como lírios rosados ou o assobiar da maresia, porque não? Como uma raiz branca incrustada na rocha, ela se espalharia pelo céu enquanto o chão corria de seus pés.Assim, parece fácil. Apenas uma bailarina que rodopiava no ar, a bailarina mais linda do mundo.Mas aonde eu esconderia os meus pedaços?
Angel(alguém ou até mesmo ninguém) - 17/12/2009 - 18h23

Um comentário:

PsyLock disse...

Adorei, leve e bonito!